EMPTINESS
Forjar na polpa das palavras
Forjar na polpa das palavras
a sintonia suculenta do morfema
e sair nu cantando lavras
semeadas na cor do poema
ondulando liberdades e savanas
com olhos molhados de punhais
e vozes quentes de calema.
Vivemos um momento
vazio e frio de sentidos
há, como dizem os ingleses,
uma cruel emptiness, um vácuo
castrado de utopias e sonhos
suspensos, ideais na diáspora...
À varanda pálida dos lábios
sequiosos da alma, rosa aflita,
esta infame e crua certeza:
A POESIA
NÃO SERVE
PARA NADA!
Os poemas, como as cartas de amor
do Campos, o tal louco de muitas pessoas,
(ou o tal Pessoa de muitos loucos)
são papéis riscados com letras...
© by Namibiano Ferreira
3 коментара:
As cartas de amor são estúpidas, não servem para nada. Os poemas também. Mas os poetas continuam a poetar: o inútil é essencial.
Obrigado pela presenca neste blog que nao conhecia!
Thanks, I like to be here!
Danke!
Kandandu
P.S. Do you speak Portuguese?
Voce fala portugues?
Eu não falam Português, mas eu posso entender muito bem.
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